Consanguinidade = mortalidade

Este ano tinha como objectivo criar um plantel homogénio e de boa qualidade (satines brancos), logo como já tinha feito isto na columbofilia pus mãos à obra e fiz casais com parentesco próximo. Realmente tirei aves muito iguais tanto a nível de desenho como forma e tamanho e aparentemente de qualidade superior, o desenvolvimento das crias foi normal como poderam ver nas fotos que coloquei no blog.
Os problemas começaram a surgir já com aves separadas e quando estavam na altura de começarem a comer sozinhas, dava a ideia que estavam a ficar cegos e com falta de equilíbrio, pensei em salmonelas e fiz tratamentos sem resultados positivos depois com um veterinário chegamos à conclusão de consanguinidade. Para alem destes problemas de foro neurológico estas aves tem um sistema imunitário muito fraco não tolerando qualquer problema de saúde mesmo muito fraco que este seja, morrendo logo. Também notei que não iniciam a muda como os outros, aves com 3 meses sem mudar uma pena. Para terem uma ideia, na primeira postura, tirei 40 satines brancos e tenho 5 por enquanto. Todas estas aves estiveram em contacto com os satines amarelos mosaico e estes não tem qualquer problema a não ser os filhos de um casal também consanguíneo que fiz e que as crias também morreram.
Para alem disto também penso que a incompatibilidade genética também é responsável pela morte das crias em idade avançada.

Deixo aqui o cruzamento que fiz e o meu testemunho, para que quem for por este caminho ter muito cuidado com os cruzamentos ( mas penso que esta será a forma para tirar aves de top a nível mundial)



Como podem ver o único sangue que introduzi foi o D e o E o C sao irmãos que foram cruzados com D, E o produto entre o C e D foi o F o C e E foi o G depois cruzei o C com F e deu o H, o H com o G são as aves com os maiores problemas, também fiz neto com avó mas são fracos de imunidade.

Nuno Vaz

 
©2010 Canários Satine Nuno Vaz Campeão Nacional Satine Branco 2010 | Edited by João Ferreira